sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O fim

      E de repente, ela quebrou. Em pedacinhos.Viu-se desmanchando, transformando-se em lágrimas, cinzas, nada. Sentindo tanto, em tão pouco tempo, que processar o que tudo significava era impossível. Chorar não era seu remédio preferido. Mas funcionava... Como funcionava! Um simples ato como esse fazia com que tudo saísse por seus pequeninos olhos azuis. Toda a dor... Escorriam lágrimas de preocupação, de raiva, dúvida, tristeza...  Seu rosto cansado ainda forçava um sorriso ou outro; pedia por seus olhos, seu sorriso fiel, seus braços tão acolhedores. E agora me diga, ou melhor, diga a ela: onde está você?

      Ela se sentia tão solitária. Tão cinza. Como se no meio da multidão não houvesse ninguém. Seus pensamentos iam e viam numa rapidez inacreditável. Parar de pensar era tudo o que ela pedia. Existir dói...

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