segunda-feira, 29 de abril de 2013

E Aí, Raul

        Saí falando pra todo mundo que dessa vez não ia ter post sobre o show do McFly, mas como minha vida é cagada, devo admitir que não resisti. Às vezes as coisas simplesmente dão errado. E o pior é que na maioria das vezes não adianta lutar.

       Eu estava ansiosa pro show. Eu dizia pra todo mundo - principalmente para mim mesma - que não, mas era óbvio que eu estava. Shows sempre rendem boas histórias. Enfim, fui pro trabalho mais cedo, levei a marmita no ônibus cheio (sou uma heroína) só pra não perder tempo almoçando, combinei tudo. Na minha mente, pelo menos na minha, tudo era perfeito. Mas a merda começou quando meus pais se atrasaram para me buscar.

       Eu não sei qual o problema do meu pai com atrasos e às vezes acho que isso só pode ser a vida me sacaneando. Mas o fato é que eles atrasaram e adivinhem só!, quando saímos do lugar onde eu trabalhava, o engarrafamento estava de matar. Enquanto íamos todos apertados dentro do carro (sim, minha irmã deu carona pra duas amigas fofas), minha amiga estava em cólicas, na fila do show, porque eu não chegava. Como se a culpa fosse minha! Mas tudo bem, eu já tinha desistido de ficar nervosa.

       Quando o trânsito finalmente desafogou e as minhas esperanças de chegar a tempo cresceram loucamente dentro do meu coração, eis que a parte mais tensa da história acontece: uma das amigas da minha irmã resolve "Chamar o Raul". Caro leitor, espero que você seja inteligente ou tenha o mínimo de cultura inútil para entender o que eu quis dizer com essa expressão.

       ... Mas sim! Ela chamou o Raul dentro do carro! E como eu sou uma pessoa que definitivamente não sabe lidar com o Raul, a única coisa que fiz foi entrar em pânico, abrir a porta do carro e sair correndo. Devo lembrar ao leitor que nós estávamos no meio da rua e que eu saí do carro em movimento? Ok.

       Certo. Inteligente e sagaz como meu pai é, ele encostou o carro e eu corri até eles no meio de ônibus, carros e motos, ainda não acreditando no que tinha acontecido. Mas quando vi a coitada chamando o Raul, dessa vez fora do carro!, eu acreditei.

       Eu a entendo. Tava todo mundo nervoso, apertado e ansioso e como meu pai adora correr, ela deve ter ficado mais nervosa ainda. E quer saber? Eu também não a culpo. Afinal, ela me deu assunto pra um excelente texto.

      Enfim, quando ela finalmente acabou e ficou bem, foi a vez da minha irmã. Não de chamar o Raul, é claro, mas de prender o dedo na porta. Às vezes eu sou completamente adepta à teoria do: "Nada é tão ruim que não se possa piorar.". É óbvio que depois disso tudo eu já tinha perdido meu lugar, mas não sei porque me enchi de esperanças. Acho que gosto de quebrar a cara, não é possível.

      E no exato momento em que saí do carro, já em frente ao HSBC Arena e me dirigi pra fila, meu celular vibrou e eu recebi uma mensagem. A mensagem mais triste da minha vida, diga-se de passagem. Com apenas duas palavras, minha amiga me fez soltar o "puta que pariu" mais sincero de toda a minha vida. Palavras estas que transcrevo pra vocês: "Entrei, cara".

     ENTREI, CARA???? E eu? Meu Deus, por quê? Por que eu sou tão cagada? Por que não mais 2 minutos? POR QUÊ? Continuei xingando mentalmente todo o universo, já que meu pai estava de cara feia por causa do "puta que pariu" acima citado. Sim, ele briga comigo por falar palavrão até hoje. Mesmo em situações em que nada mais consiga me expressar tão bem.

     Superada a crise, segui na fila e minha amiga me guardou bons lugares. Ainda bem. Não eram tão bons quanto eu queria, mas eu me dei por satisfeita. Eu estava lá, minha irmã estava lá e finalmente ia poder realizar o sonho de levá-la num show internacional. Afinal, tanta merda assim só daria num bom resultado...

Uma montagi da galera pra vcs, fotos que a gente tirou antes mesmo dos shows
começarem (: lindjas todas lindjas!

pfvr Danny Jones love of my life

E a última fotoca do Tom, lindo e absoluto!

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