Desculpe-me. Não sei ao certo te dizer quando pensei nisso, mas posso afirmar que as consequências de meu ato passaram-se várias e várias vezes por essa mente que lhe escreve. Sempre gostei muito de sua mãe; mais até do que gosto de mim, ou até mesmo de vocês. Chega a ser doentio, eu sei. Ou talvez eu só saiba agora que já é tarde demais. Pensei em todas as soluções possíveis, mas nada me pareceu plausível. Não consigo suportar a ideia de não tê-la. Não consigo vê-la ao lado daquele homem que vocês chamam de padrasto. Sou só eu ou ele simplesmente não parece adequado? Vamos combinar, ele não é tanto quanto eu. Posso não ser o melhor de todos, posso não ser o mais presente, posso ser estúpido e sem limites na maioria das vezes, mas eu a amo. Muito mais do que qualquer idiota poderá sequer tentar amar! Desculpe-me de novo. Sempre me excedo quando o assunto é sua mãe.
Sua mãe. Não acredito no que fiz! Como pude ser tão frio? Como pude tirar a vida da mulher que amo? Não sei o que fazer agora. Não tenho mais razão para viver! A polícia deve chegar a qualquer momento: os vizinhos escutaram a discussão. Por que ela não pôde ceder à mim? Por que não quis voltar a ser o que erámos? Estou com medo. Não consigo pensar direito. Nota meu nervosismo enquanto escrevo? Escuto passos. Não. Preciso pensar em alguma coisa. Agora.
Não tenho vontade de chorar. Isso é ser frio demais? Sinto-me um idiota pedindo conselhos à minha filha mais velha. Sinto-me um idiota fazendo isso. Sumirei da sua vida. Sumirei da vida de todos: matar-me-ei. Desculpe-me a formalidade, querida. É assim que fico quando não sei o que fazer. Extremamente formal. Sua mãe gostava disso. E é com ela que quero estar. Desculpe-me, Luciana. É hora de partir. Cuide de seu irmão. Perdoe-me. Perdoe-me.
Não me odeie, não me culpe, não me entenda mal. Pode parecer difícil enquanto você lê esse monte de palavras - que agora se tornam desculpas esfarrapadas para o que fiz - e apenas pensa no quão cruel fui. Não com sua mãe, mas com você e seu irmão. Eu amo vocês.
Perdoe-me.
Com todo o amor do mundo,
Reinaldo.
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ResponderExcluirso seu fã menina!
ResponderExcluirnossa :S
ResponderExcluirapesar da história ser bem tensa, adoro o jeito que escreves! beijos
Uau!!
ResponderExcluirHistória tensa, triste.. mas está linda!! =D
Gostei do novo visu do blog!! Ficou muito lindo!!!
bjos'
Então, a história é verídica....triste....sim. Não sabemos o que leva o amor a tirar a vida de quem se ama e em seguida a própria vida. Carma? Resagate? Força aos filhos que ficaram....
ResponderExcluirque saudades do seu blog ;/
ResponderExcluire o Brasil fora da copa hein ?
Saudade daqui, mas to de volta. As férias é muito bom.
ResponderExcluirum pouco triste a história, mas ta maravilhoso.
bjbj
nossa essa é realmente algo que nos leva a pensar em como as pessoas não pensam direito antes de fazer o que quer que seja! :S
ResponderExcluirtexto muito foda mariey '-'
beijaaao ♥
Nasce uma escritora...como sempre arrasou. Amei demais, seu estilo de escrever é único. bjus
ResponderExcluirComo é que o marido mata a esposa, meu Deus!
ResponderExcluirMuito bom o texto, menina vc escreve bem demais :D
Lindo, lindo e tocante. Amei! (:
ResponderExcluirOOi ' tem post novo no meu blog, passa lá depois ? ;*
ResponderExcluirhttp://simples-garota.blogspot.com/
Obrigada!
Essa carta se encaixa numa edição do Bloínquês, edição cartas!
ResponderExcluir;D
Linds...
Beijo.
chocante. profunda e chocante.
ResponderExcluirmas no fundo adorei, pelo modo como os sentimentos foram escritos.
sec uida :*